quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Qual o papel da gestão tecnológica na inovação e na sustentabilidade?

Seguindo a trilogia sobre mapas conceituais (leia o primeiro post aqui e o segundo aqui) eis o último capítulo da trilogia sobre mapas conceituais, inovação e sustentabilidade.

Assim como os dois primeiros mapas, este também foi feito para uma disciplina do mestrado Inovação e Mapas Conceituais. No caso eu e minha dupla (a Andreia) tínhamos duas possibilidades: falar da gestão da inovação tecnológica ou da gestão tecnológica da inovação. Optamos pela segunda opção.

Optando pela gestão tecnológica da inovação, a tecnologia não é o objeto principal, mas sim um suporte para a inovação. E pensando no contexto corporativo, é um papel semelhante ao da sustentabilidade, que não precisa ser uma área em si, mas sim cross a todas as áreas. Um dos documentos que usei como base para o mapa, na verdade não é um documento, mas um curso EAD de inovação da USP, bem bom. Deixo aqui alguns links (aqui, aqui, aqui) já que são vários vídeos e para assistir o curso completo basta clicar no perfil da NAGI USP.

Eis o mapinha lindo (clica nele para aumentar):



Pensando na questão de suporte tecnológico, uma dúvida que me bateu aqui. Na verdade já falei disso há alguns anos e vejo como oportunidade para analistas de sistemas e desenvolvedores. Que softwares de sustentabilidade as empresas usam? Arrisco a dizer: nenhum. Não tem. E isso é uma falha gritante. Não é o caso de usar um SAP da vida para fazer gestão da sustentabilidade pois os indicadores são outros se comparados um modelo tradicional.

Como, por exemplo, monitorar indicadores de sustentabilidade na cadeia de suprimentos das empresas? Em 2014, se não me engano, o CEBDS lançou um manual que continha uma planilha para monitoramento indicadores de sustentabilidade para fornecedores. PLANILHA. EXCEL. Além da trabalheira da porra de inserir todos os dados na planilha, sabe em quanto tempo um arquivo desses fica desatualizado em uma grande empresa? Horas. H-O-R-A-S.

Imagina um sistema em que os próprios fornecedores colocam as informações, sei lá, mensalmente, passíveis de auditoria, e aí o algoritmo faz umas contas doidas, de acordo com a materialidade da empresa, e então classifica com base nos critérios de sustentabilidade, emitindo alertas de risco caso os fornecedores não estejam aderentes? Caramba, isso é lindo! Quem topar fazer, me chama para ajudar a desenvolver!

Então, fica aqui a dica. Seja um sistema completamente do zero, seja alguma funcionalidade adicional em algum sistema que já exista, não há hoje no mercado tecnologia de suporte para a gestão da sustentabilidade. Mas garanto a vocês que há demanda para isso!


** Galera, lançamos na semana passada o quarto e último volume do e-book Panorama da Sustentabilidade. Ele é gratuito e para acessá-lo, basta assistir ao último vídeo da temporada do Sustentai sobre profissões  sustentabilidade. O link para o e-book está na descrição

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