Não entrarei no mérito de que
sustentabilidade é investimento e não custo. Para mim isso é questão mais do
que superada. Mas o fato é que ainda que seja investimento e ainda que dê
retorno ao longo do tempo, é preciso ter algum dinheiro para adequar a empresa
e seus processos à sustentabilidade. Por isso ela acaba ficando relegada às
organizações de maior porte. É?
É claro que quando falamos de uma
grande empresa, ou mesmo uma média empresa, pensar em questões simples como
coleta seletiva e uso racional de água e energia é básico demais e por isso
exigimos mais delas. Mas mesmo as microempresas podem ir além do basicão e
gastando pouco. Para isso o segredo está em uma palavra: gestão.
A primeira questão que se deve
ter em mente é: o que é importante de sustentabilidade para minha empresa? O
que meus clientes pensam, o que eles querem em relação à sustentabilidade? Se
eu sou uma B2B e quero fornecer para uma grande empresa, o que eu devo
considerar? Se eu sou uma B2C, o que preciso mostrar como diferencial
competitivo de sustentabilidade para o consumidor, de forma que ele perceba no
momento da compra um produto de alto valor agregado?
Depois de definir os temas, é a
hora de identificar o que a minha empresa já faz em relação ao que considero
importante para a sustentabilidade. Em muitos casos, independente do porte da
empresa, já há uma série de iniciativas individuais que são postas em prática
pelos funcionários sem que haja comunicação das mesmas. Melhoria de processo é
natural ao ser humano. Se eu vi que é melhor fazer a atividade de outro jeito, eu vou fazer. Comunicá-la é outra história.
Mas como, então, eu vou saber o
que vem sendo feito se as pessoas não comunicam?
Em uma microempresa, é ainda mais fácil de identificar o que os funcionários fazem, mas para todas as organizações, de qualquer tipo, de qualquer tamanho, de qualquer natureza, dou sempre o mesmo conselho: vá para rua. No caso, vá para operação, vá conversar com quem coloca a mão na massa e faz tudo acontecer. Não raro, essas pessoas sequer têm noção de que o que estão fazendo é sustentabilidade. Registre essas informações coletadas. Depois, veja o quanto cada iniciativa custa e o quanto ela gera de benefícios. Mais, veja se as iniciativas são replicáveis a outras áreas/processos.
Em uma microempresa, é ainda mais fácil de identificar o que os funcionários fazem, mas para todas as organizações, de qualquer tipo, de qualquer tamanho, de qualquer natureza, dou sempre o mesmo conselho: vá para rua. No caso, vá para operação, vá conversar com quem coloca a mão na massa e faz tudo acontecer. Não raro, essas pessoas sequer têm noção de que o que estão fazendo é sustentabilidade. Registre essas informações coletadas. Depois, veja o quanto cada iniciativa custa e o quanto ela gera de benefícios. Mais, veja se as iniciativas são replicáveis a outras áreas/processos.
Depois do mapeamento, faça uma
análise de onde você está e onde gostaria que estivesse. Trace um plano de execução
com cronograma para cada uma das ações. Avalie custo, tempo, recursos humanos,
recursos físicos necessários, impactos gerados. Avalie o retorno e veja se vale
a pena investir nesse plano ou onde investir primeiro. Pode ser que muitas das
ações, sequer, tenham custo financeiro. Não raro, é apenas uma questão de
melhoria de processos. Se o problema é destinação de resíduos, por exemplo, que
tal pensar primeiro em redução de desperdício ou mesmo de consumo de matéria
prima?
Somado a tudo isso, fica a dica:
se sustentabilidade não for um tema fácil ou natural para você, busque
conhecimento. A internet tem muito material bom. Há livros maravilhosos que
valem muito mais que a maioria dos cursos pagos que tem por aí. Frequente
eventos gratuitos, faça networking, converse com quem tem experiência no
assunto.
Ademais, traga o tema para a empresa sempre que possível. Promova bate-papos com os
funcionários, leve o conhecimento a quem é responsável pela operação diária,
opte, nas próximas contratações, por profissionais que já tenham essa pegada.
Procure criar uma cultura para a sustentabilidade. Não é rápido, confesso, mas o
retorno é sensacional.
Sustentabilidade para assegurar perenidade dos negócios.Astartup www.destineja.com.br conecta empresas geradoras de resíduos a destinadores licenciados numa plataforma web. Foco na redução de custos, eliminação de passivos ambientais e aumento da sustentabilidade.
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