Depois de sete anos de espera,
hoje, finalmente, começam os Jogos Olímpicos Rio 2016. Se me perguntarem se
acho que essas Olimpíadas serão sustentáveis, eu diria que sim. Apesar de as
notícias veiculadas nos últimos meses apresentarem um quadro pouco animador,
todos os investimentos que foram feitos deixarão
um legado para as novas gerações de atletas e, principalmente, para os
cidadãos.
Foram construídos centros de iniciação
ao esporte, centros de treinamento e instalações olímpicas com investimentos superiores
a R$ 4 bilhões. Além da questão esportiva, a promessa é de que essas
instalações trarão modernidade e novos conceitos de construção sustentável,
além, é claro de melhorias urbanas.
É certo que nem todas as
promessas feitas no dossiê de candidatura foram alcançados. A despoluição da
Baía de Guanabara, um sonho cada vez mais distante, será nosso maior fracasso. No
entanto, por outro lado, podemos destacar os investimentos feitos em logística
e transporte, como a linha quatro do metrô carioca e as diversas linhas de BRTs
que ligam a zona oeste a diversos pontos importantes, como o aeroporto internacional.
Outro aspecto importante, e que
talvez seja o maior legado dos Jogos, diz respeito ao projeto Porto Maravilha.
Seguindo o modelo olímpico de Barcelona, a Olimpíada no Rio de Janeiro foi
capaz de, finalmente, alavancar a revitalização da zona portuária do Rio de
Janeiro com o fim da Perimetral e a transformação da região em uma zona turística.
Apesar de diversos pontos
positivos, muita coisa que esperávamos que fosse feita para os Jogos não saiu
do papel. Acredito que a sustentabilidade seja um tema sensível e que esteja
longe do ideal. No entanto, apesar das dificuldades, ainda acredito que por
conta deste evento, demos um passo (e tanto) para alcançá-la.
As idéias apresentadas no texto são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo obrigatoriamente a opinião do Blog Um olhar sustentável sobre o mundo empresarial.