Quem me conhece sabe que sou uma
grande entusiasta do empreendedorismo. Eu sou empreendedora. Há muito tempo. Do
tempo em que empreender não estava na moda. Do tempo em que a família sonhava com
um concurso público para mim (ok, isso ainda não mudou). De um tempo em que o
ambiente era muito, mas muito mais hostil com empreendedores do que agora.
Tive de desbravar muitos caminhos,
tipo, faca nos dentes e sangue nos olhos (ok, isso também não mudou). O empreendedorismo
que aprendi não tinha nada a ver com canvas, com validação, com lean startup...
era aquele modelo veeeeeelho de se ver as coisas e fazer negócios. Velharia do
século passado que aprendi nesse século mesmo (e tem gente que continua
aprendendo assim!)
Mas fui seguindo com a cara e com
a coragem, onde dei muito mais com a cara na porta do que obtive sucesso. Quando
comecei não existia redes de empreendedorismo, grupos no Facebook, não existia
o que a galera de hoje chama de ecossistema empreendedor, meetups, coachings e
afins. Mas mesmo assim fui. E cansei muitas vezes. E continuei indo. E de vez
em quando eu canso de novo. Faz parte, é do jogo.
Inserindo a questão da
sustentabilidade, podemos pensar o empreendedorismo a partir de várias
perspectivas. Produto sustentável (apesar de a frase mais perfeita que li foi:
não tem como uma empresa marrom fazer um produto verde), processos
sustentáveis, administração sustentável, planejamento sustentável... mas somado
a isso, há uma função social do empreendedorismo que hoje, num país imerso em
crise como o Brasil, é fundamental.
Seja por necessidade, seja por
vocação, o brasileiro é um ser empreendedor. Só que na maioria das vezes, ele
empreende com muito pouca qualificação. E não raro quebra a cara por isso. Não que
seja preciso ser um exímio conhecedor de planejamento estratégico (aliás, no
modelo de empreendedorismo atual, isso é o que menos importa. O lance agora é,
basicamente, construir, medir, aprender), mas há casos em que falta o
conhecimento básico de administração, há casos em que se constrói algo sem
saber se o mercado quer aquilo ou pagaria por aquilo, há casos em que só falta
um empurrãozinho para que uma ideia se torne realidade.
Pausa.
Pensemos na questão de gênero.
Questão de gênero e empreendedorismo.
Não sou feminista. Longe disso. Talvez
por não deixar que o fato de ser mulher me impeça de fazer o que eu quiser e
ser desbocada e desaforada demais quando alguém ousa achar que o fato de eu ser
mulher me desqualifica para alguma coisa. Mas sei que sou exceção. E sei que o
ambiente empreendedor atual é relativamente hostil com a mulher, ainda mais se
estivermos falando do ambiente de startups, que é machista até dizer chega.
A mulher empreende por diversas
razões. Algumas iguais aos motivos dos homens, como vocação, desemprego,
oportunidade de investimento. Outras por razões quase que exclusivas a elas,
como a maternidade ou mais tempo para cuidar da família. Enfim, já enrolei
demais para contar uma coisa bem legal cuja informação central vai ocupar não
mais que um parágrafo.
A Brunna, minha amiga, igualmente
entusiasta de empreendedorismo, criou um projeto chamado 300 mulheres e me
chamou para fazer parte. O que é isso? É um projeto voluntário, onde, junto com
a Monique, da Tagarela, e outra empreendedora entusiasta, auxiliamos mulheres
que queiram empreender através de consultorias por Skype com 1h de duração.
Os temas disponíveis são (em
ordem alfabética):
Comunicação para negócios
Inovação
Modelagem de negócios
Negócios e gestão de empresas
Sustentabilidade corporativa
Com exceção de comunicação para negócios,
dou pitaco em qualquer tema, mas asseguro a qualidade tanto da Bruna, quanto da
Monique. Então, se você é mulher, já é empreendedora ou quer empreender, quem
sabe este seja um empurrãozinho que pode te ajudar a tirar um projeto do papel
ou melhorar de alguma forma o seu
negócio?
Para isto, curta a página do
projeto no Facebook: https://www.facebook.com/300mulheres
e agende o seu horário.
Lembrando que esta consultoria de
60 minutos é completamente gratuita e estamos disponibilizando o nosso tempo
para ajudar mulheres a percorrer este longo, muitas vezes árduo, mas certamente
prazeroso caminho do empreendedorismo.
Homens, compartilhem com suas
namoradas/esposas, mães, irmãs, filhas, amigas. Empreendedorismo muda o mundo!