terça-feira, 2 de dezembro de 2014
O ISE Bovespa, o GRI, a Renner e o trabalho escravo
7 comentários:
- Unknown disse...
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Gostei da análise mas não gostei dos últimos dois parágrafos.
Está descrevendo efeitos do nosso sistema socioeconômico (maximizar os interesses pessoais, maximizar os lucros). O trabalho escravo é uma consequência disso, uma consequência esperada e natural num ambiente competitivo onde todo mundo quer ficar rico, já que é a definição de "Pessoa de sucesso".
Não dá para botar o ônus no consumidor e, no final das contas, não dá para lutar contra o capitalismo fazendo compras. Não é por aí, é nadar contra a maré : vai chegar a hora que a galera vai cansar e voltar a seguir a correnteza.
Não precisamos mudar as regras do jogo. Precisamos mudar o jogo.
Os 99% dos movimentos occupy já entenderam isso, outros milhões do movimento zeitgeist e de vários outros movimentos grassroots já entenderam isso também.
Os hippies, os anarquistas, os utopistas, os comunistas e os tecnocratas desses movimentos não falam só merda... - 3 de dezembro de 2014 às 10:34
- Julianna Antunes disse...
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Mas eu não falei da questão do consumismo e muito menos do capitalismo. Falei da questão de pagar o preço justo, ou melhor, o preço real. Quando uma empresa vende um produto por um preço muito barato, a conta não vai fechar de algum lado. E geralmente é do lado mais fraco. As pessoas, o meio ambiente...
- 3 de dezembro de 2014 às 10:47
- PLANO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS - BCP disse...
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Julianna, li a notícia semana passada da mesma forma que você e ao ler a matéria ORIGINAL, vi que a chamada para a Renner era um exagero (quem usava trabalho escravo era uma empresa sub contratada). Será que ela pode ser responsabilizada por isso ? Será que podemos levar o Governo Federal por todas as crianças que morrem de doenças ou de fome por falta de apoio do Estado, GARANTIDO PELA CONSTITUIÇÃO ? A resposta óbvia é não. O Mundo nõa é justo e mais injusto ainda são os homens. Lamento, mas se voê quer criticar algo, critique a ineficácia de padrÕes e certificados. Porque se as empresas forem sérias, não precisam de papéis para provar. E se não forem, farão tudo para mostrar que são...
- 4 de dezembro de 2014 às 19:07
- Unknown disse...
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Oi julianna, faz um tempo tenho lido seus artigos. Muito interessante, convido a que conheça meu blog sobre os temas de sustentabilidade também. www.apoena.es. espro tua visita. Abraço!
Apoena GI - 5 de dezembro de 2014 às 08:54
- Unknown disse...
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Olá Julianna,
"Cara Renner, eu também repudio tudo isso. Mas o que eu quero saber mesmo é o que você faz para combater esses problemas. Desconfio que seja nada."
Assim como desconfias que a Renner não faz nada, desconfio que você nada pesquisa. Desculpe a força da frase, quis somente usar o mesmo peso de sua afirmação, mas de forma alguma quis ser grosseiro.
Também conheço pouco da Renner, mas sei que não produzem o que vendem, e dizer que a culpa é da cadeia, não é desculpa e sim, realidade. Inclusive, vi você mesma esclarecer isto no vídeo sobre o SuntentAPP.
Eles participam da abvtex (http://www.abvtex.org.br/), e auditam a cadeia de suprimentos através da Bureau Veritas, simplesmente umas das maiores empresas de auditoria do mundo. Mas mesmo assim, não existe forma viável de auditar uma empresa todo dia, quanto mais uma cadeia com 300, 500, 1000 fornecedores. Além disto, a empresa coloca em contrato que repudia tais situações, e só com esse contrato é possível trabalhar com eles.
Esses são alguns dos fatos que conheço sobre eles, coloco-os aqui, pois em um blog com opção de comentários, acredito ser sempre saudável levantar mais pontos de discussão.
Obrigado pelo espaço e parabéns pelos comentários. Esse tipo de inciativa é que mostra que podemos fazer mais do que sonhar com sustentabilidade, e sim agir como tal na rotina, criando uma cultura.
Abraço,
Patrick - 27 de outubro de 2015 às 16:13
- Julianna Antunes disse...
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Patrick, sinceramente não sei qual o seu intuito com o comentario, já que você acabou por demonstrar que não entende muito de sustentabilidade quando joga a culpa na cadeia produtiva. Sabe porque esse tipo de problema acontece? Por pressão de baixo custo do cliente. Você acha que a Renner vai querer pagar mais caro para ter a sua cadeia limpinha e perder mercado com preços mais altos, ainda mais em tempos de crise?
Você também demonstrou não ter entendido muito bem o que escrevi quando mencionei que a própria Renner só citou eufemismos sobre trabalho escravo em seu próprio relatório de sustentabilidade. Ou seja, ela diz que se preocupa com a questão, ela não DEMONSTRA fazer nada.
Desculpe a força das frases, quis somente usar o mesmo peso do seu comentário, mas de forma alguma quis ser grosseira. (o: - 27 de outubro de 2015 às 16:26
- Unknown disse...
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Oi Juliana!
Entendo o seu ponto de vista e não discordo dele, realmente a pressão por preços baixos conduz muitas das diretrizes das empresas, o que falo é do controle. Ela tem iniciativas para controlar, e sei que o processo é complexo. A única saída para garantir uma produção totalmente correta, seria ter produção própria para ter o controle 24h dos processos. Mas não sei se a Renner, Zara, Coca-Cola, Nike, Apple (Foxconn), etc, existiriam, visto que todas tem produção externa.
O que questionei foi sobre o "fazer nada", pois sei que ela e tantas outras fazem muitas coisas e não só pelo controle de trabalho escravo, como também controle de descarte de resíduos, do uso de substâncias químicas restritivas em seus produtos, das normas de segurança, controle de trabalho infantil e menor, entre outros controles. Então, eles dizem e fazem, só isso que eu quis trazer de contraponto. Esse foi meu intuito com o comentário.
Agora, fazem TUDO que deveriam? Isso sei que não, pelos fatos que trouxe acima e que você bem reforçou. Então, de forma alguma estou defendendo que esse é o preço (terceirizar sem ter 100% de controle) que se paga para que as empresas existam, a vida nunca deve ser minimizada a preço de produto. Precisamos encontrar um meio de viabilizar esse sistema de terceirização, que é realidade nas maiores empresas do mundo.
Acredito que seu conhecimento seja muito maior que o meu para falar do assunto, pois concordo que não entendo muito de sustentabilidade, como você pode mencionar, mas estou buscando conhecer a cada dia mais e até por isto encontrei seu blog. Eu mesmo busco ideias e iniciativas que auxiliem no desenvolvimento das cadeias produtivas e estou inclusive escrevendo um artigo sobre destinação adequada de resíduos sólidos nestas cadeias.
Podemos conversar mais, caso seja do seu interesse, pois acredito em atitudes e vejo que aqui temos muitas atitudes positivas. Reforço que o Sustentapp, pelo vídeo de divulgação que vi, é uma iniciativa que pode ajudar neste sistema, assim que ele for lançado quero conhecê-lo melhor para divulgar o máximo que puder, pois acredito muito na ideia que vocês passaram.
Obrigado pelo retorno e desculpe se não me fiz entender no primeiro comentário, espero que eu possa ter me expressado melhor nesta segunda oportunidade.
Segue meu e-mail caso possamos conversar mais sobre a iniciativa do Sustentapp e outras que possam trabalhar convergindo para estes caminhos: patricklima3103@gmail.com
Um abraço,
Patrick - 10 de novembro de 2015 às 10:00