segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
As mudanças climáticas e o quanto isso é da sua conta
1 comentários:
- Rogério disse...
-
Oi Julianna. Gostei muito do seu Blogger e dos artigos nele contidos. Li alguns e gostaria de tecer vários comentários, no entanto, o tempo é escasso, mas arrumei um tempinho para imprimir minha opinião sobre o artigo As mudanças climáticas e o quanto isso é da sua conta "As mudanças climáticas e o quanto isso é da sua conta". Considerando que toda a unanimidade é burra, busquei opinar apenas naquilo que não concordo, tal como a compensação das minhas ações que prejudicam o MA com a compra de créditos de carbono. E justifico. Sempre tomo muito cuidado com ações e projetos que requisitam voluntários, pois na esmagadora maioria das vezes sou contra. Para mim, o voluntariado serve apenas para amenizar catástrofes (ações da natureza), passageira, e não para ações contínuas. Nos vídeos e projetos listados pelo referido banco, sempre estão crianças carentes, pessoas doentes, analfabéticas, entre outras, ou seja, questões de responsabilidade compartilhada entre as três esferas de governo (federal, estadual e municipal), garantidos pela constituição, senão, para que está norma serve? Não entenda isso como um viés político, pois não é. Também não sou empresário, mas entendo que a maior ação social é a geração e garantia de trabalho digno. Em outro artigo seu sobre sustentabilidade, foi escrito que o pensamento de sustentabilidade e o Brasil parecem não caminharem juntos, e concordo com você, haja vista que a MP 651/2014 postergou a Lei 12.305/2010 para 2016, e apenas para uma comparação, nem as obras de sustentabilidade previstas para a Copa-2014 foram concretizadas, logo....
Para nós civis, trabalhadores, pagadores de impostos é muito difícil se organizar para cobrar dos gestores públicos (o país não é devidamente "alfabetizado" para isso), assim, sobra criatividade para "empurrar as obrigações do Estado para empresários e cidadãos como eu e você. Uma pena, pois já carregamos um fardo tremendo.
Mas deixando de blablabla, vamos à prática. Como afirma Ricardo Abramovay, professor de economia da USP, se as empresas fossem tributadas apenas pela geração de lixo, emissões de GEE e uso de água o resultado seria uma quantia para plantar duas florestas amazônicas, no entanto, esses custos não são provisionados no preço final do produto, pois a carga tributária atual serve para outras finalidade (considerando as fugas que não são poucas e das quais sabemos muito bem). Pegue como exemplo as autarquias responsáveis pela gestão da água e esgoto, ou então das concessionárias de energia elétrica. Juro por DEUS que não reclamaria se tivesse que pagar uma taxa de 5,00 na minha conta se eu soubesse que isso seria investido na recuperação de áreas degradadas. Daria para financiar projetos segmentados no pais inteiro com foco em pontos críticos, e olha que sobraria. Acredito que nunca antes na história desse país teríamos uma ação tão sustentável sendo compartilhada por todos, mas vamos falar sério, seriedade não é o forte de nosso país, pois logo metade desse recurso seria utilizado para gerir a si mesmo através de um cabedal desqualificados.
Mas voltando ao seu Blogger, achei muito bom. De verdade. Parabéns - 6 de janeiro de 2015 às 17:30