Ok, já tem tempo que esse
encontro da Coca aconteceu. Na verdade já até aconteceu outro. Mas eu vou falar
dele hoje (do primeiro). Para começar, algo completamente diferente de tudo que
já tínhamos feito nessas últimas quatro temporadas (ou cinco, se considerarmos
o ano 0). O bate-papo foi sobre balanço energético e ao invés de um espaço
fechado, foi tudo ao ar livre, num piquenique delicioso, com a vista linda da
Marina da Glória e com pessoas que moram no meu coração. Ou seja, uma
experiência. Uma baita experiência.
E aí vocês perguntam: que diabos
é balanço energético? Eu respondo: matemática simples, meus caros. É o
resultado entre a quantidade de calorias consumidas, menos o seu gasto de
energia (metabolismo + atividades físicas). Balanço positivo significa que você
está acumulando gordura (acredite em mim, é o maldito bacon da barriga!),
balanço negativo significa que você está perdendo gordura.
Quem falou tudo sobre balanço
energético pra gente, de uma forma muito simples e didática, foi a
nutricionista Dra. Claudia Cravo. Ela deu várias dicas preciosas, do tipo:
devemos conhecer o que estamos comendo. Salada não é toda essa Coca-Cola (ok,
piada infame, mas o trocadilho foi bom!) que a gente imagina não. E dependendo
do que você coloca, pode ser bem calórica. Pare com a frescura do glúten
(minhas palavras) a menos que você realmente tenha problema.
O segundo papo foi com o Dr.
Victor Matsudo, médico ortopedista. E ele falou coisas muito, muito, muito
interessantes. A que mais me chamou atenção foi sobre como qualquer um pode ser
saudável sem, necessariamente, ser atleta ou praticar uma atividade física
regular. Muito da grande quantidade de pessoas sedentárias se dá justamente
pela falta de disciplina em atividade física.
Posso enumerar aqui diversos
motivos que levam as pessoas a não praticarem atividades físicas. Falta de
rotina (acredite em mim, é insuportável fazer atividade física sem rotina!),
falta de tempo (eu juro que acredito nessa desculpa, apesar de ela só se
encaixar para um número muito pequeno de pessoas), falta de apreço pela arte do
movimento, procrastinação, problemas físicos ou de saúde etc etc etc.
Acontece que há uma sutil diferença
entre ser, efetivamente, sedentário e usar o seu dia-a-dia para se movimentar.
A coisa toda começa com simples mudanças de hábitos. Que tal ao invés de pegar o
elevador, subir de escada? Não, ninguém quer te matar porque você trabalha/mora
no 15º. Vá de elevador até o 12 ou 13 e suba o restante de escada. Não posso
subir, Julianna, o joelho não permite. E descer, você pode? O esforço é 1/3
menor que a subida, mas ninguém aqui está falando em ser o campeão mundial de
subidas ou descidas de escada.
Julianna, não curti esse lance de
escada não. Ok, ok, vamos ver outra saída. E se ao invés de descer no seu ponto
de sempre, você descer do ônibus um ou dois pontos antes? Isso dá o que? Cinco
minutos de andada? Olha que excelente! Viram 10 se tem ida e volta. Tem como
ir/voltar do trabalho de bicicleta? Vá. Eu juro que te libero em dias de chuva!
Gente, o post está gigante. Vou
finalizar com essas pequenas dicas que podem te tirar da categoria ocioso e te
transformar em uma pessoa saudável sem grandes esforços.
Ah, e adianto que, motivada por
esse encontro, 2015 venho com um projeto crossmedia sobre saúde e sustentabilidade
que nada tem a ver com corredora de alto rendimento físico e baixo rendimento
financeiro. Já tenho, até, o domínio do blog!