sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Coletivo Floresta: a sustentabilidade proporcionando um novo modelo de negócios para as grandes empresas

Conforme expliquei no último post, desde 2010 participo dos eventos da Coca-Cola sob a bandeira do projeto VivaPositivamente. A cada ano um dos pilares de sustentabilidade da Coca é debatido mais profundamente. Neste ano o foco é vida saudável e um dos encontros aconteceu no último dia primeiro, em São Paulo, com o Dr. Alfredo Halpern, endocrinologista especialista em distúrbios metabólicos, com catorze livros publicados sobre emagrecimento e sobrepeso.

O encontro, que durou toda a manhã, foi bem interessante, principalmente para mim, uma magra de ruim filha de uma gordinha de boa. Pode parecer paradoxal uma empresa cujo produto mais importante seja o refrigerante, organizar eventos que fale de obesidade. Mas a questão é que tudo na vida é equilíbrio. Absolutamente tudo.

Aí, na parte da tarde, o que já estava bom, ficou melhor ainda, quando foi apresentado por Pedro Massa, gerente de negócios sociais da Coca, o novo coletivo capitaneado pelo Instituto Coca-Cola. Sou muito fã de todos os coletivos que conheço, o da água, o de reciclagem e de artes. Mas, confesso, esse amoleceu meu coração.

O Coletivo Floresta tem como propósito estimular o desenvolvimento de comunidades da Amazônia que trabalham com a extração do açaí. Esse desenvolvimento se dá através de projetos de geração de renda, bem estar social e cultural e conservação da biodiversidade da Floresta Amazônica. Ok, até aqui nada de diferente do propósito central dos outros coletivos. Geralmente é nessa linha que trabalha os institutos e fundações de qualquer empresa.

Acontece que o Coletivo Floresta não pára em ações de responsabilidade social e ambiental. E é aí que meu interesse passa de 10 para 10 mil. Ao contrário dos outros coletivos, esse é o primeiro que gera um produto Coca-Cola. Não que os outros tenham menos importância, longe disso, afinal, uma empresa de bebidas que não pensa na água, por exemplo, tem vida útil de, no máximo, dez anos.

A grande questão do Coletivo Floresta é que, através do Del Valle Reserva Açaí + Banana, mais do que um grandioso projeto de responsabilidade socioambiental, a Coca-Cola está apresentando ao mercado um novo modelo de negócios para o setor. Um modelo que além de possuir um processo produtivo sustentável, tem a responsabilidade de gerar lucro para a empresa (como qualquer outro produto do portfolio) e oferecer aos consumidores um produto com história bacana e altíssimo valor agregado.

A forma de atuação do Coletivo Floresta é baseada em três pilares: estimular o empoderamento das comunidades, dar assistência técnica e promover o acesso a uma cadeia de preço justo. Para o primeiro ano de vida, a expectativa é impactar diretamente 600 famílias extrativistas e, indiretamente, 1.200, em cerca de 50 comunidades. Além disso, está prevista para dezembro de 2013/janeiro de 2014 uma campanha de marketing do produto.

E para descontrair, uma foto do Leonardo, do Autossustentável, com o Pedro da Coca-Cola e eu de palhaça ao fundo.


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