Conforme expliquei no último
post, desde 2010 participo dos eventos da Coca-Cola sob a bandeira do projeto VivaPositivamente. A cada ano um dos pilares de sustentabilidade da
Coca é debatido mais profundamente. Neste ano o foco é vida saudável e um dos
encontros aconteceu no último dia primeiro, em São Paulo, com o Dr. Alfredo
Halpern, endocrinologista especialista em distúrbios metabólicos, com catorze
livros publicados sobre emagrecimento e sobrepeso.
O encontro, que durou toda a
manhã, foi bem interessante, principalmente para mim, uma magra de ruim filha
de uma gordinha de boa. Pode parecer paradoxal uma empresa cujo produto mais importante
seja o refrigerante, organizar eventos que fale de obesidade. Mas a questão é
que tudo na vida é equilíbrio. Absolutamente tudo.
Aí, na parte da tarde, o que já
estava bom, ficou melhor ainda, quando foi apresentado por Pedro Massa, gerente
de negócios sociais da Coca, o novo coletivo capitaneado pelo Instituto
Coca-Cola. Sou muito fã de todos os coletivos que conheço, o da água, o de
reciclagem e de artes. Mas, confesso, esse amoleceu meu coração.
O Coletivo Floresta tem como
propósito estimular o desenvolvimento de comunidades da Amazônia que trabalham
com a extração do açaí. Esse desenvolvimento se dá através de projetos de
geração de renda, bem estar social e cultural e conservação da biodiversidade
da Floresta Amazônica. Ok, até aqui nada de diferente do propósito central dos
outros coletivos. Geralmente é nessa linha que trabalha os institutos e
fundações de qualquer empresa.
Acontece que o Coletivo Floresta
não pára em ações de responsabilidade social e ambiental. E é aí que meu
interesse passa de 10 para 10 mil. Ao contrário dos outros coletivos, esse é o
primeiro que gera um produto Coca-Cola. Não que os outros tenham menos
importância, longe disso, afinal, uma empresa de bebidas que não pensa na água,
por exemplo, tem vida útil de, no máximo, dez anos.
A grande questão do Coletivo
Floresta é que, através do Del Valle Reserva Açaí + Banana, mais do que um
grandioso projeto de responsabilidade socioambiental, a Coca-Cola está
apresentando ao mercado um novo modelo de negócios para o setor. Um modelo
que além de possuir um processo produtivo sustentável, tem a responsabilidade
de gerar lucro para a empresa (como qualquer outro produto do portfolio) e oferecer
aos consumidores um produto com história bacana e altíssimo valor agregado.
A forma de atuação do Coletivo
Floresta é baseada em três pilares: estimular o empoderamento das comunidades,
dar assistência técnica e promover o acesso a uma cadeia de preço justo. Para o
primeiro ano de vida, a expectativa é impactar diretamente 600 famílias
extrativistas e, indiretamente, 1.200, em cerca de 50 comunidades. Além
disso, está prevista para dezembro de 2013/janeiro de 2014 uma campanha de
marketing do produto.
E para descontrair, uma foto do Leonardo, do Autossustentável, com o Pedro da Coca-Cola e eu de palhaça ao fundo.