Sempre que escrevo algo sobre a
Coca-Cola, gosto de deixar bem claro que não tomo refrigerante. Isso em nada
interfere a visão que tenho dela, assim como a de qualquer empresa que, por
algum motivo, eunão faça uso de seus produtos. Também gosto de deixar claro que
produto e publicidade pouco influenciam na hora de formar minha opinião a
respeito de sustentabilidade corporativa.
Pois bem, desde 2010 participo
dos eventos relacionados ao
Viva Positivamente, que, para quem não conhece, é a
plataforma de sustentabilidade da Coca. No ano passado tive a oportunidade de
conhecer a fábrica daqui do Rio, juntamente com a fábrica da felicidade, e em setembro desse ano pude conhecer a Solar
de Maceió, a primeira fábrica brasileira da Coca-Cola construída já seguindo os
preceitos da certificação de construção sustentável do LEED.
Antes que alguém solte o verbo, e
muito antes de ter visitado a fábrica de Maceió, já achava a notícia do rato bem
estranha. Quem conhece minimamente o processo de envase de uma garrafa pet sabe
o quão improvável (para não dizer impossível) é essa história. A menos que o
fato tivesse ocorrido, sei lá, em 1930. Se bem que em 1930 não existia garrafa
pet. E isso vale para qualquer empresa de bebidas!
Enfim, voltando à visita, eu e um
grupo de pessoas muito queridas passamos uma manhã e um início de tarde na
fábrica, onde, logo de início, pudemos bater um papo via Skype com o Marco
Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola.
Inclusive nesse bate papo, o
Marco ratificou uma percepção que tenho e que deveria deixar as empresas de
mineração e petróleo (e seus derivados) em alerta, que é a questão da Política
Nacional de Resíduos Sólidos e o avanço da reciclagem no país. De acordo com
ele, se o melhor para a indústria de bebidas for comprar matéria prima de
origem reciclada, caberá às fornecedoras que utilizam matéria prima virgem
mudarem seus modelos de negócios. E quem trabalha nesses segmentos sabem o quão lenta é essa
mudança. Principalmente porque estamos falando de megaempresas.
Depois da conversa, fomos visitar
a fábrica propriamente dita. Uma das treze unidades da Solar (12 no nordeste +
1 em Mato Grosso), a fábrica de Maceió entrou em operação em 2010 e, como falei
antes, foi toda construída pensando na certificação LEED. E o que isso
significa? Significa que a localização do terreno influencia a escolha de onde
a fábrica será instalada, que a construção deverá fazer uso do reaproveitamento
de água, da luz natural, que no terreno deverá ter área plantada, dentre outras
questões.
Ah, antes que alguém solte o
verbo de novo, não ganhei um centavo da Coca-Cola para ir até Maceió ou para
escrever qualquer texto falando bem dela. Escrevo sobre o acredito e o que
vejo. Ponto. E o momento MasterCard é quando recebo feedbacks assim:
E se nem assim você acredita, te convido
a visitar a Fábrica da Coca aqui no Rio e tirar todas as suas
dúvidas sobre qualquer coisa relacionada à empresa com seus próprios olhos,
não com a palavra de ninguém. Para isso basta ligar para 0800 021 21 21 e agendar a visita.