A sustentabilidade corporativa é
uma área que atua integrada a todas as outras áreas da empresa, sejam elas de
negócios, sejam elas produtivas. Ok, esse fato já parece bem claro e nos dias
de hoje. Acredito que também esteja claro que falar de sustentabilidade
corporativa significa falamos de gestão, estratégias, processos, retorno (de
variados tipos), indicadores, medição, controle.
Ainda que seja de conhecimento
público associar sustentabilidade à gestão empresarial, ainda que ela esteja
presente no planejamento, na execução e no controle, poucas são as ferramentas difundidas
no mercado. A bem da verdade, ouso dizer, é que não há ferramentas ou
metodologias exclusivas para sustentabilidade corporativa. O que se vê é uma
adaptação do que já existe, mas com um olhar mais amplo e holístico e com
objetivos que vão muito além do resultado financeiro.
Em administração há, por exemplo,
algumas variantes do balanced scorecard,
como o SSC (sustainability scorecard),
o SBSC (sustainable balanced scorecard)
e o BSC sustentável (adaptação minha). Todos são oriundos de uma metodologia bastante
conhecida de planejamento estratégico, todos tratam do mesmo tema, e todos
apresentam propostas diferentes de execução.
Fora isso, há metodologias
criadas com um determinado propósito que, sequer, necessitam de adaptações.
Duas dessas ferramentas moram no meu coração e são muito conhecidas das
empresas, principalmente, as de manufatura: o lean manufacturing (manufatura enxuta) e six sigma.
O six sigma é um conjunto de práticas criado pela Motorola que tem
como premissa a melhoria de processos, eliminação de defeitos e aumento de
qualidade, focando no aumento da lucratividade. Ainda que a sustentabilidade só
seja percebida indiretamente, o fato de ser uma metodologia que busca
padronizar processos, ele possibilita que a operação seja mais eficiente e, por
consequência, gere menos erros, utilizando, assim, menos recursos.
O lean manufacturing, também conhecido como Sistema Toyota de Produção, atua em busca da redução total de desperdícios. O foco é,
basicamente, qualidade e custo. No entanto, se pensarmos na questão de
sustentabilidade, redução de desperdício = menos utilização de matéria prima, menos
consumo de água e energia, menos gasto com logística (que implica em menos
consumo de combustível e consequente menos emissão de GEE e menos tráfego nas
cidades), dentre outros.
Considero essas duas as
principais metodologias de engenharia de produção para a gestão da sustentabilidade
corporativa. Há ainda outras importantes, como o Kaizen e algumas atreladas à gestão da
qualidade total e gestão de logística e cadeia de suprimentos. De qualquer
forma o que se vale aqui é que a engenharia de produção tem muito a contribuir
para a sustentabilidade corporativa, assim como outras áreas, tais quais comunicação,
administração e economia. E que para ser um bom profissional de
sustentabilidade é fundamental ter conhecimento desses assuntos.
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