Se formos pensar nos processos de uma empresa,
o de logística é o processo não produtivo que mais impacta em termos de sustentabilidade.
Temos o problema relacionado às emissões de carbono, temos também a questão do
trânsito. Uma das saídas para amenizar esses impactos está no desenho de rotas
inteligentes, permitindo que se entregue mais em menos tempo. Com isso deprecia-se
menos os veículos, gasta-se menos combustível, emite-se menos gás carbônico.
Sem contar o ganho social de se passar menos tempo preso ao trânsito.
Do ponto de vista financeiro, a
logística é uma das áreas que mais demanda recursos. E também uma das que mais
permite a eficiência operacional. E aí, por conta de todos os impactos gerados,
quando se obtém algum ganho no processo, rapidamente percebe-se ganhos dos três
pilares da sustentabilidade.
Imaginemos uma empresa de varejo,
a complexidade de sua logística e o impacto que ela gera. Mais do que isso,
imaginemos empresas de bebida e cigarro que, com uma capilaridade absurda,
fazem entregas em qualquer buraco do Brasil. Imaginaram o que significa para
essas empresas utilizarem a sustentabilidade como impulsora de eficiência
operacional?
Por conta, justamente, da
capilaridade, a Ambev é referência em logística no Brasil. Até mesmo para
empresas de logística. Imaginem o custo dessa logística e a quantidade de
pessoas envolvidas nessa operação. Porque, por mais que eu não beba, é inimaginável
para mim um bar, uma lanchonete, uma birosca que não tenha cerveja para vender
por conta de problemas de distribuição.
Pensando em eficiência
operacional e sustentabilidade, há alguns anos a Ambev iniciou um programa que,
através da aplicação de ferramentas de gestão, permite o compartilhamento de
sua frota com parceiros. Antes da execução do projeto, o que acontecia era que após
o abastecimento dos centros de distribuição, os caminhões retornavam ao ponto
de origem vazios.
Com o programa, hoje, no retorno
ao ponto de origem, os caminhões voltam com cargas de outras empresas,
otimizando custo, tempo e equipamentos. Levando-se em consideração que a Ambev
possui 3100 veículos de entrega, os três anos de existência do programa
permitiram uma economia da ordem de 4,2 milhões de litros de diesel, deixando
de lançar na atmosfera mais de 446,3 toneladas de CO².
E aí eu pergunto: o que seria
isso, senão sustentabilidade, sendo que sequer, falei do ganho financeiro e
social? O que seria isso, senão a prova de que sustentabilidade, ao contrário
do que muita gente imagina, está longe de ser custo?
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