segunda-feira, 14 de maio de 2012

Oportunidades de negócio na logística reversa

Desde a sanção da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, muito tenho ouvido falar de logística reversa. Muito ouço falar, pouco vejo de ação. O grande dilema que se coloca na questão é o custo que a logística reversa pode acarretar para as empresas que, obviamente, repassarão para o produto final. Quem paga a conta? Nós, obviamente. Acontece que por conta desta visão simplista da coisa, deixa-se de pensar em investir em um segmento cheio de oportunidade de negócios para todos. 

Antes de entrar no assunto, vamos recapitular o que já foi escrito aqui anteriormente. Logística reversa é um processo que cuida do fluxo de produtos, embalagens, ou qualquer outro tipo de material, desde o local de consumo até o ponto de origem. Ou seja, o inverso da logística corrente. Ela coloca o fabricante como responsável pelo ciclo de vida de um produto, já que estes são depreciados com o tempo, param de funcionar, ou simplesmente ficam obsoletos.

Pensando nas oportunidades, com a logística reversa, a indústria da reciclagem ganha status de protagonista no processo. Se pensarmos que esse mercado (o de reciclagem) está na casa dos bilhões e que esses bilhões gerados hoje não são nem 10% do potencial que temos, posso dizer que, sim, é um baita mercado. Além disso, o conceito de reutilização ganhará força, permitindo sobrevida a uma série de peças e equipamentos que, muitas vezes, são deixados de lado pela tal obsolescência programada.

Não podemos deixar de mencionar que a aplicação da logística reversa exigirá das empresas uma melhor gestão da área de supply chain. Aqui não caberá espaço para má gestão, desperdício de tempo e dinheiro. Os processos terão de ser mais eficientes e mais sustentáveis. Profissionais da área com o viés da sustentabilidade terão mais espaço e, certamente, muitas contratações serão feitas.

Mesmo com todo potencial de ganho, e independente da visão só focada em custo, é inegável que haverá um repasse para os consumidores. Na Europa, por exemplo, a conta é repartida e o valor vem descriminado na nota fiscal. Sobre esse aspecto, a maior oportunidade que vejo é a possibilidade de aumento na consciência do consumo responsável, principalmente dos equipamentos eletrônicos. Ao contrário do que a indústria quer nos fazer acreditar, eles não são bens descartáveis que deixam de ser funcionais com o lançamento de um mais modelo mais novo.

E atenção:

ÚLTIMA SEMANA PARA INSCRIÇÃO!!!

Curso de introdução à sustentabilidade corporativa dias 22 e 23 de maio em Recife. Mais informações: http://migre.me/8HCky

3 comentários:

sem titulo disse...

Olá Juliana,

Sou estudante do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Brasília e encontrei o seu blog ao fazer pesquisas para realizar um trabalho sobre Empreendedorismo Social no Brasil. Gostei muito da proposta do blog e da propriedade com a qual que você escreve as postagens.
Gostaria de saber se posso utilizar alguns textos seus para minha pesquisa (colocando devidamente os créditos). E independente dessa possibilidade, quero que saiba que a somente a leitura, já tem contribuido muito para o meu entendimento a respeito desse tema tão necessario que é a sustentabilidade e todas as características que o acompanham.

Um abraço,
Marli C. de Sousa

Julianna Antunes disse...

Oi, Marli, agradeço as palavras e fico feliz em saber que o blog está te ajudando.

Pode usar os textos sim.

lucasogrib disse...

Julianna olha esse site www.uvaia.com.br ,muito bacana essa ideia, é uma rede social de consumo sustentavel,com marketing multinivel e compras remuneras em dinheiro vivo...muito legal a ideia...bjs