Lembram quando fui a Itu no ano passado conhecer o projeto Água das Florestas? Com o tema da água, a visita foi para marcar o lançamento da semana Otimismo que Transforma 2010, organizada pela Coca-Cola Brasil e seus fabricantes, onde parte do que é arrecadado com a venda de produtos Coca-Cola vai para o Instituto Coca-Cola conduzir suas ações.
Para 2011 o tema escolhido foi reciclagem e, dessa vez, aqui no Rio, pude conhecer a ONG Doe Seu Lixo, que trabalha em parceria com o Instituto na capacitação e auxílio à gestão de cooperativas de catadores de material reciclável. Apoiando atualmente 130 cooperativas, o projeto alcança pouco mais de 4000 pessoas em todo o país, dando educação e condições de vida melhor para uma classe que, muitas vezes, sequer, é visível para o restante da sociedade.
Em países desenvolvidos, como a Alemanha, por exemplo, a separação do material destinado à reciclagem é feita por máquinas. No Brasil, essa atividade, além do aspecto ambiental, possui uma forte conotação social. Ela gera emprego e renda para muitas famílias e não exige qualificação para isso. E com a ajuda do Instituto, as cooperativas atendidas pelo projeto tiveram aumento do rendimento na ordem de 20%.
É inegável falar do tema sem se lembrar do documentário “Lixo Extraordinário”. E juntamente com ele, a criação da política de resíduos sólidos e o reconhecimento da profissão de catador de material reciclável alçaram o assunto a um protagonismo até então inédito. Com isso, uma classe antes invisível está ganhando corpo, voz, direitos.
Apesar de importantes passos dados para a dignificação dessas pessoas, a realidade hoje da maioria dos catadores ainda é bastante dura e consiste em passar o dia em aterros fazendo a separação do lixo. Uma atividade um tanto quanto chocante para quem não vive esse dia-a-dia e muito perigosa para quem a pratica.
O mundo ideal é que houvesse coleta seletiva implementada nos municípios brasileiros. Mas como vivemos no mundo real, não basta ficarmos esperando a boa vontade para a criação de políticas públicas para o tema. Mais simples do que imaginamos, nós, sociedade, podemos fazer muito para facilitar o trabalho desses profissionais.
Sabem aquele lance de separar vidro, plástico, alumínio, papel e material orgânico? Esqueça. Sabem aquelas nossas dúvidas de como descartar embalagem que mistura plástico e papel, por exemplo? Esqueça. Praticar a coleta seletiva em casa e no ambiente de trabalho é muito fácil; basta separar material orgânico de material reciclável.
Como na maioria das cidades não há serviço de coleta seletiva pública, é importantíssimo ver onde há pontos de recolhimento desse material. No Rio, a ONG Doe Seu Lixo busca na residência das pessoas o material reciclável duas vezes por semana. Para isso, basta entrar no site e fazer o cadastro. Simples e sem desculpas de dar trabalho, de ser difícil, de gastar tempo.
E voltando a falar da Semana Otimismo que Transforma, que tal ajudar o Instituto Coca-Cola a patrocinar projetos relacionados à água, à reciclagem e muitos outros que mudam a vida das pessoas? Para isso, consuma qualquer produto Coca-Cola entre os dias 22 e 29 de maio. Mas lembre-se que, enquanto sociedade, a nossa missão vai além de doação ou compra de produtos ligados a ações sociais e ambientais.
Neste caso específico de reciclagem, é nosso dever enquanto cidadão fazer o descarte correto do lixo. Seja por respeito ao meio ambiente, seja por dignificar pessoas que fizeram dessa atividade seu meio de sobrevivência.