segunda-feira, 14 de março de 2011
Entendendo a governança corporativa
4 comentários:
- Unknown disse...
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Prezada Juliana,
De uma perspectiva mais sociológica, a governança é a capacidade das sociedades humanas para se dotarem de sistemas de representação, de instituições e processos, de corpos sociais, para elas mesmas se gerirem, em um movimento voluntário. Esta capacidade de consciência (o movimento voluntário), de organização (as instituições, os corpos sociais), de conceitualização (os sistemas de representação), de adaptação a novas situações é uma característica das sociedades humanas. É um dos traços que as distinguem das outras sociedades de seres vivos, animais e vegetais.
Abraço e parabéns!
Valter Faria - 14 de março de 2011 às 22:05
- Josi Oliveira disse...
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Prezada Julianna..
Mesmo sendo leiga em tal assunto, estou fazendo um trabalho relacionado com a parte voltada para a sustentabilidade nas empresas. Lendo sua publicação percebi que a idéia de sustentabilidade que vc direcionou seria para o lado da tranparência de ações dentro da empresa? Onde se encaixaria a questão das ações sociais que as empresas apresentam? Os programas de Gestão de Qualidade que são implantados? Estes passos não poderiam estar dentro da questão sustentável das empresas? - 15 de março de 2011 às 02:46
- Julianna Antunes disse...
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Josi, escrevi exatamente isso: "transparência é princípio básico de qualquer empresa que queira de dizer sustentável. Princípio básico, não a sustentabilidade inteira"
Sustentabilidade é infinitamente mais que transparência e infinitamente mais que questões sociais. Convido você a dar uma passeada pelo blog e ler outros textos, principalmente os que têm as tags gestão e processos para que você possa entender melhor o que é sustentabilidade corporativa. - 15 de março de 2011 às 10:33
- Unknown disse...
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Apenas para complementar minha nota anterior (que foi muito técnica e filosófica) e indo mais direto ao ponto comentado pela Juliana, a questão da Sustentabilidade nas empresas ainda é uma questão mais estética (de projeção de imagem) do que de valores e princípios transformado em atitudes (sustentabilidade na prática).
O coerente seriam as empresas terem atitudes sustentáveis, com resultados sustentáveis, com relações de qualidade com seus stakeholders para, a partir de então, prestar conta e comunicar os resultados dessas iniciativas.
Entratanto, essa não é a regra e não nos faltam maus exemplos de empresas que projetam uma imagem altamente positiva em seus relatórios anuais (bonitos e bem impressos), mas que na verdade filtram aspectos menos favoráveis ou negativos (fraquezas) ou exploram questôes extremamente relevantes de maneira conceitual, sem sustentar conceitos em iniciativas ou realizações concretas. É mais comum ver empresas com altos passivos sociais e ambientais terem esse tipo de atitude.
Acredito firmemente que a sustentabilidade (no contexto das empresas) deveriam ser contemplada em seus planejamentos estratégicos e que criam valor no longo prazo. O problema é que iniciativas sustentáveis geram valor no longo prazo, mas geram despesas no curto prazo, o que por vezes reduz o bonus das lideranças. Portanto, estamos diante do dilemas que a humanidade precisará discutir e evoluir muito durante este século, tanto no ambito da consciência individual quanto na consciência coletiva/empresarial:competição x colaboração, independência x interdependência, lucro de curto prazo x valor de longo prazo, concentração de renda x distribuição com mérito, Poder&Autoridade x Poder&Responsabilidade, exploração até a exaustão x exploração que respeita a capacidade de reposição do planeta, interesses privados x interesses coletivos... e assim por diante. Abçs, Valter - 15 de março de 2011 às 20:39