
O post Analisando os relatórios de sustentabilidade – O relatório 2009 da BP foi escrito e publicado no dia 21/07/10
Texto muito bem colocado, pois na maioria das vezes a comunicação de marketing, ou estratégia de marketing, utilizada pelas empresas tende a mostrar uma imagem organizacional diferente da realidade das organizações.
E parabéns pelo Blog.
Assunto atual e de fundamental importância para a sociedade.
Att,
Rodrigo Müller
O problema do Greenwashing nas grandes corporações, evidenciado pelo tal relatório/auto-promoção da BP, é que as consequências são proporcionais ao tamanho dessas entidades.
Bom, agora que tudo parece se encaminhar para um fim e já se pode fazer a conta do prejuízo, fica a deixa para um exame de consciência:
Tio Obama propalou em dúzias de declarações que a BP teria que se responsabilizar pelo ocorrido. Mas, o quanto da culpa nos cabe toda a vez que decidimos ir à padaria de carro?
Trabalho como editora de relatórios de sustentabilidade na Report Comunicação, de São Paulo, e posso dizer que a tentativa de produzir documentos equilibrados é um exercício diário e constante.
Acredito ser função de repórteres e editores mostrar para as empresas o quão fundamental é a prática da transparência. Eu mesma, por exemplo, já tive de "brigar" para evitar que um cliente trocasse o relato de "uma morte" por "um acidente grave" em um relatório. Nessas horas, temos de usar todos os argumentos que estiverem a nosso alcance para fazer prevalecer a verdade (que, no caso de uma morte, não é relativa).
E auditorias externas também ajudam no nosso trabalho.
Bom post, Julianna!
Adriano, o buraco do problema da BP é muito pior do que o greenwashing praticado por ela em seus relatórios de sustentabilidade anuais. É caso de polícia mesmo. Mas sim, tio Obama ou tio Bush, não sei quando essa perfuração foi autorizada, tem culpa porque o projeto entregue continha erros bizarros. Mas enfim, agora é tarde, Inês é morta, e que além da BP pagar a conta, tudo isso sirva de lição sobre o que não fazer.
Rodrigo, no dia em que aparecer uma empresa dizendo que os erros que ela cometeu foram por falta de competência ou para economizar dinheiro, vou até estranhar.
Cláudia, para quem é profissional de comunicação é fácil perceber essas discrepâncias ou quando a empresa está praticando eufemismo. O problema é que a maioria das pessoas não se atenta a isso e acaba comprando a empresa por aquilo que ela não é. O GRI até audita esses relatórios, mas engraçado, não passa confiança nenhuma. As empresas que, vira e mexe, são acusadas de greenwashing são as que têm relatórios premiados no GRI Awards. Estranho, não? De qualquer forma, a auditoria externa é um caminho interessante e um novo mercado a ser explorado. Basta convencer as empresas do quanto isso é importante.