A Accenture é uma empresa global de consultoria de gestão, tecnologia e outsourcing, atuando em todos os setores econômicos e funções de negócio junto às principais organizações no mundo. Ela está presente no Brasil desde 1983, quando ainda se chamava Andersen Consulting, e mantém escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Vitória, Alphaville e Curitiba.
No mundo inteiro a Accenture possui os diversos projetos de cidadania corporativa. No Brasil ela criou o Programa Attitude, idealizado em 2004 e implementado em 2005. Eu, particularmente, tenho um carinho muito grande pelo Attitude, pois foi em contato com ele que aprendi verdadeiramente o conceito de sustentabilidade, deixando para trás a experiência que tinha em responsabilidade social.
Não sei se seria exagero meu dizer que, possivelmente, a Accenture é a única organização no Brasil a praticar a sustentabilidade da forma mais próxima que acredito ser a ideal. Além disso,a empresa se baseia na transformação de comportamento, aplicando o conceito em toda a sua cadeia de valores: funcionários, fornecedores, clientes, comunidades e sociedade.
A estrutura do Attitude é fundamentada em três pilares: na gestão de impacto a Accenture incorporou aspectos sociais, econômicos e ambientais aos processos internos da empresa e na prestação de serviços para os clientes. No ISE ela fornece consultoria pro bono para melhorar a performance de organizações sem fins lucrativos que lidam com geração de renda e trabalho para jovens. Já no diálogo social a empresa criou uma forma de se comunicar com seus stakeholders sobre aspectos que envolvem a sustentabilidade.
Dentro da gestão de impacto, o Programa Attitude realiza uma série de ações, muitas delas simples, que podem ser feitas em empresas de qualquer porte com baixo ou nenhum custo. Exemplos do que é feito: implantação de coleta seletiva de lixo, pilhas e baterias, capacitação da equipe de limpeza no que diz respeito a consumo sustentável de recursos naturais, utilização de material reciclado, campanhas de consumo consciente, impressão frente e verso, classificação de fornecedores por grau de maturidade em sustentabilidade, criação de ferramenta de auto-avaliação em sustentabilidade, adoção de brindes sustentáveis.
Poderia ainda falar sobre o que a Accenture faz no ISE, em seu diálogo social e diversas outras coisas muito legais, mas pretendo chamar a atenção para uma ação que considero a mais significativa da empresa: a inclusão do conceito de sustentabilidade como um dos critérios de avaliação anual dos funcionários. Imaginem o rebuliço causado quando a ferramenta foi implementada. Imaginem a resistência gerada.
Não sei dizer a razão que levou a Accenture a tomar essa medida, mas entendo um pouco de motivação e sei bem que a mudança é mais rápida quando sentimos no bolso. É claro que o ideal é que as pessoas tenham o drive para a sustentabilidade naturalmente. Esse seria o mundo perfeito e sabemos que não é assim que funciona. Se formos pensar bem, no final das contas, seja por interesse financeiro, seja por motivação pessoal, o que importa de verdade é a ação. E quem dera que mais empresas adotassem essa medida: quer bônus no final do ano? Seja eficiente, dê resultados, gere lucro para a empresa, mas não se esqueça, seja também sustentável!